O sangue fornece oxigênio e nutrientes para o bom funcionamento de todo o organismo, porém, ele precisa passar livremente pelas veias e artérias. Por isso, a má circulação sanguínea nas pernas não pode ser ignorada, pois pode desencadear problemas sérios de saúde.
É um quadro que pode ter várias causas — como obesidade, sedentarismo, fumo, colesterol alto, diabetes, hereditariedade, uso de anticoncepcionais, entre outras — e que deve ter o acompanhamento médico.
Continue a leitura deste post e descubra 3 riscos que a má circulação nas pernas pode causar!
1. Varizes
Esse é um quadro caracterizado por veias dilatadas e tortuosas, que aparecem na superfície cutânea e alteram o fluxo e a direção da corrente sanguínea. Eles provocam inchaço, queimação, coceira e sensação de peso e cansaço nas pernas e atingem 38% dos adultos, segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, com maior incidência entre as mulheres.
O risco das varizes é a formação de coágulos (trombose venosa) ou inflamação, levando a úlceras doloridas e de difícil cicatrização.
Por isso, é importante procurar um médico. O tratamento pode ser cirúrgico, por ablação (uso de laser ou radiofrequência) ou por escleroterapia (aplicação de uma substância na região afetada).
A prevenção do problema também é possível com algumas mudanças de hábitos, como:
- controlar o peso;
- beber mais água;
- usar sapatos mais confortáveis;
- fazer exercícios físicos;
- evitar ficar muito tempo na mesma posição;
- não fumar;
- usar meias de compressão.
2. Úlcera varicosa
A má circulação sanguínea nas pernas pode desencadear uma úlcera varicosa — uma ferida localizada mais frequentemente na região do tornozelo e de difícil cicatrização. Ela causa inchaço, coceira, dor, ressecamento e até mudança na coloração da pele na região da ferida. É mais comum em idosos e pode ser desencadeada por alguma ferida na pele, por varizes, fumo, obesidade e outros problemas circulatórios.
Além disso, é uma condição que não pode ser negligenciada, pois as úlceras, além de doloridas, podem levar a uma infecção grave.
O tratamento deve ser realizado com bastante cuidado e, de preferência, sempre por um profissional de saúde. É importante fazer a limpeza da ferida, usar curativos e realizar compressão no local.
A oxigenoterapia hiperbárica também pode contribuir para o tratamento, pois atua para melhorar a cicatrização do local ao elevar a oxigenação dos tecidos. O paciente entra em uma câmara hiperbárica e recebe oxigênio puro a uma pressão acima da atmosférica.
3. Trombose venosa
Um quadro de varizes pode desencadear a formação de um pequeno coágulo, dificultando a circulação sanguínea no corpo. É o que se chama de trombose venosa, que pode ser:
- superficial: aumento do tamanho de alguma região das varizes, que se torna dura ao toque, dolorosa, quente e com uma coloração azulada. Pode gerar infecções (flebites) e transformar-se em uma trombose profunda;
- profunda: pressão mais elevada na região das varizes mais evidentes, com um calor nessa parte das pernas e formigamento, podendo deixar a pele mais pálida porque o sangue está com dificuldade de circular.
O risco da trombose é o coágulo se desprender e atingir o pulmão, levando a uma embolia pulmonar. O tratamento inclui medicamentos anticoagulantes, uso de meias de compressão e até a inserção de filtros na maior artéria do abdômen.
A má circulação sanguínea nas pernas é bastante perigosa, por isso, é importante o acompanhamento médico e mudanças de hábitos para evitar que um vasinho chegue a se transformar em trombose ou, ainda, em úlcera varicosa.
Gostou do nosso post? Então, continue por aqui e entenda um pouco mais sobre a úlcera venosa e seus tratamentos.